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Obras da Patrística

São Basílio Magno

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De Plinio Maria Solimeo

Bispo, Confessor e Doutor da Igreja, recebeu o título de Pai dos monges do Oriente, assim como São Bento é considerado o Patriarca dos monges do Ocidente

São Basílio de Cesaréia da Capadócia, na Ásia Menor, é de uma família de santos. Sua avó paterna foi Santa Macrina, a Antiga, que confessou a fé em Jesus Cristo durante a perseguição de Maximiano Galério. Seus pais foram São Basílio, o Velho, e Santa Emília, filha de um mártir. De seus nove irmãos, mais três foram elevados à honra dos altares: Santa Macrina, a Jovem, São Gregório de Nissa e São Pedro de Sebaste. Basílio, seu irmão Gregório de Nissa e seu amigo Gregório Nazianzeno formam o trio chamado “os três capadocianos”.

Basílio nasceu em Cesaréia no final do ano 329. Seu pai era advogado e professor, vinha de família rica e considerada latifundiária, da região do Ponto. Sua mãe era de família nobre da Capadócia. O menino foi entregue aos cuidados da avó Macrina, para a primeira educação. Afirmará ele depois: “Nunca mais olvidei as fortes impressões que faziam à minha alma ainda tenra as palavras e os exemplos dessa santa mulher”. Para defender-se da acusação de heterodoxia, afirmará: “Jamais traí a fé. Como a recebi ainda menino sobre os joelhos de minha avó Macrina, assim a prego e assim a ensinarei até o meu último alento”.

São Basílio estudou inicialmente com o pai, depois em Cesaréia, Constantinopla e Atenas. Nas duas últimas, teve como condiscípulo São Gregório Nazianzeno, a quem se uniu em estreita amizade, e a quem devemos muitos dados de sua vida.

Cristão não só de nome, mas de fato

São Gregório atesta no panegírico de seu amigo: “Ambos tínhamos as mesmas aspirações; íamos atrás do mesmo tesouro, a virtude. Só conhecíamos dois caminhos: o da igreja e o das escolas públicas. Não tínhamos nenhuma ligação com os estudantes que se mostravam grosseiros, impudentes ou desprezavam a religião, e evitávamos os que tinham conversas que poderiam nos ser prejudiciais. Tínhamo-nos persuadido de que era ilusão mesclar-se com os pecadores sob pretexto de procurar convertê-los, e deveríamos temer sempre que nos comunicassem seu veneno. Nossa santificação era nosso grande objetivo, e o de sermos chamados e sermos efetivamente cristãos. Nisso fazíamos consistir toda nossa glória”.(1)

Mundanismo, vanglória e sua conversão

Em Cesaréia passou por uma “conversão”. Embora tivesse sempre levado vida muito regular, procurando sempre a vontade de Deus, os aplausos e louvores que recebia eram tantos que, segundo seu irmão Gregório de Nissa, isso deixou traços de mundanismo e auto-suficiência no jovem professor, que sentiu a vertigem da vanglória. Mas em casa, vendo o exemplo de sua irmã Macrina, que levava a vida austera de virgem consagrada, impressionou-se: “Comecei a despertar como de um sonho profundo, a abrir os olhos, a ver a verdadeira luz do Evangelho e a reconhecer a vaidade da sabedoria humana”. Só então, conforme costume da época, foi batizado e recebeu a ordem sacra de Leitor. Resolveu então vender tudo o que tinha, dando o produto aos pobres, e fazer-se monge.

Ordenador e legislador do monacato no Oriente

Desejava fazer tudo da melhor maneira possível. Resolveu então viajar pela Síria, Mesopotâmia e Egito para visitar os vários cenobitas desses lugares a fim de adquirir um conhecimento profundo dos deveres do gênero de vida que tinha adotado. É preciso notar que a vida religiosa em comum dava seus primeiros passos e ainda não havia aparecido quem a ordenasse, como fez depois São Bento no Ocidente.

Se a impureza de corpo chocava Basílio, muito mais a de alma. Por isso era implacável contra toda heresia ou doutrina dúbia. Tinha um profundo horror ao arianismo, então triunfante até no trono imperial.

Voltando a Cesaréia, recomeçou a colaborar com o bispo local Dianey, a quem muito admirava. Mas, como este entrou numa espécie de acordo com os arianos, rompeu com ele e retirou-se para o reino do Ponto, onde já se haviam fixado sua mãe e irmã. Elas tinham fundado um convento feminino às margens do Íris. Na margem oposta Basílio fundou um convento masculino, que dirigiu durante quatro anos. Nele ingressaram também seu amigo Gregório Nazianzeno e seus irmãos Gregório de Nissa e Pedro de Sebaste.

O governo que Basílio exercia no mosteiro era muito suave, todo ele de exemplo mais do que de palavras. Sua doçura e paciência eram a toda prova. Os monges levantavam-se antes do despontar do dia, para louvar a Deus com a oração e canto de salmos. Liam os Livros Sagrados e alternavam a oração com o estudo, dedicando-se, nos tempos livres, ao trabalho manual. De quando em quando Basílio os reunia para ouvir suas dúvidas ou propostas, e os orientava no caminho da perfeição. Surgiu assim sua obra Regras Maiores e Menores, suma de catequese monacal, indispensável no desenvolvimento da vida cenobítica. Graças a São Basílio Magno, a vida em comunidade iria afinal firmar-se no cristianismo, dando base ao movimento monacal que forjou depois a Idade Média. “Se [São Basílio] não criou o monaquismo oriental, infundiu-lhe uma vida nova quando se achava ameaçado de um grande perigo: o de tornar-se uma sociedade de trabalhadores que rezam, ou de rezadores que se matam à força de penitências”.(2) Em todo caso, ficou ele conhecido como o pai do monasticismo do Oriente, como São Bento o é do Ocidente.

Sua firmeza contra os arianos e a “Basilíada”

Em 370, ficando vacante a diocese, o povo de Cesaréia escolheu Basílio para preenchê-la. “A notícia dessa escolha provocou uma satisfação extraordinária em Santo Atanásio, e ele anunciou a partir daí as vitórias que São Basílio alcançaria sobre a heresia reinante”.(3) Com efeito, protegidos pelo imperador, uma minoria de bispos sufragâneos de Basílio, adeptos do arianismo, deram-lhe muito trabalho. Mas, com anos de tacto, “temperando sua correção com a consideração e sua gentileza com a firmeza”, no dizer de São Gregório Nazianzeno, conseguiu vencer seus oponentes.

Para socorrer as misérias materiais de uma cidade grande como Cesaréia, Basílio nela fundou, em grande terreno que lhe fora dado pelo imperador, uma verdadeira cidade da caridade, que passou a ser conhecida como “Basilíada”. Diz São Gregório que essa obra “pode ser contada entre as maravilhas do mundo, tal é o grande número de pobres e de doentes que ali são recebidos, tanto são admiráveis a ordem e o asseio com os quais trata-se das diversas necessidades dos infelizes”. O conjunto tinha hospital, albergue e escola para jovens. Homens e mulheres tinham pavilhões separados. Amplos jardins os dividiam, e no centro estava espaçosa igreja.

Moeda da época do Imperador Valente

O Imperador Valente era de um temperamento muito violento, e para evitar um choque na execução dos decretos de exílio dos bispos católicos, quis ele mesmo visitar as várias cidades do Império. Mas em Cesaréia, dada a grande personalidade de São Basílio, quis preparar o terreno. Mandou então que alguns bispos arianos fossem conversar com Basílio, para ver se conseguiam levá-lo a aderir à heresia. Este não só não quis ouvi-los, mas os excomungou.

O prefeito Modesto chamou então o bispo recalcitrante. Com boas palavras, tentou induzi-lo a aceitar a heresia ariana. Como Basílio nem lhe desse ouvidos, ameaçou-o gradativamente com confiscação de bens, exílio, tormentos e morte. São Gregório, que estava presente, descreve a cena:

— Ameaçai-me de qualquer outra coisa, porque nada disso me impressiona,” respondeu-lhe Basílio.

— Que dizes!?

— Aquele que nada tem, está a coberto do confisco. Não tenho senão alguns livros e os trapos que visto; imagino que não sois zeloso de m’os tirar. Quanto ao exílio, não vos será fácil condenar-me: é o Céu, e não o país em que habito que eu considero minha pátria. Eu temo pouco os tormentos. Meu corpo está num tal estado de magreza e de fraqueza, que não poderá sofrer por muito tempo. O primeiro golpe terminará minha vida e minhas penas. Temo ainda menos a morte, que me parece um favor. Ela me reunirá mais cedo ao meu Criador, por Quem somente vivo.

O imperador não teve êxito maior. Por isso resolveu entregar-lhe logo a ordem de exílio. Mas a Providência velava. Essa noite mesmo o príncipe imperial Valentiniano Gálata, de seis anos, foi acometido por uma febre tão violenta, que os médicos se confessaram impotentes para qualquer coisa. A imperatriz fez notar ao marido que isso era uma justa punição por ter exilado o Bispo, e insistiu em que o chamasse para curar o filho. Basílio ainda não tinha partido. Mal chegou ao palácio, o menino começou a melhorar. Afirmou ao imperador que o menino sararia, contanto que ele prometesse educá-lo na verdadeira religião, a católica. A condição tendo sido aceita, o Bispo rezou junto ao leito do menino, que ficou instantaneamente curado.

Entretanto, pressionado pelos bispos arianos, Valente não manteve sua palavra. Pelo contrário, fez batizar logo o menino por um dos bispos hereges. O menino teve uma imediata recaída e morreu pouco depois.

O terrível golpe não converteu o imperador, que condenou novamente Basílio ao exílio. Quando lhe trouxeram a ordem para assinar, a haste de bambu que lhe servia de caneta quebrou-se em sua mão. Outra haste foi trazida, e teve o mesmo fim. Uma terceira também quebrou-se. Quando Valente fez vir uma quarta, seu braço foi tomado de tremor e de uma agitação extraordinária. Apavorado, ele rasgou a ordem e deixou o arcebispo em paz.

São Basílio, declarado “Magno” e “Doutor da Igreja”, faleceu no dia 1º de janeiro de 379.(4)

E-mail do autor: pmsolimeo@catolicismo.com.br

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Notas:

1. Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, Bloud et Barral, Paris, 1882, tomo VII, p. 8.

2. Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo II, p. 616.

3. Les Petits Bollandistes, op. cit., p. 14.

4. Apresentamos neste mês a festa de São Basílio, como era antigamente “por ser a data de sua sagração como bispo de Cesaréia, na Capadócia” (Martirológio Romano, ed. de 1954). Atualmente ela é comemorada a 2 de janeiro.

Outras obras consultadas:

Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editoral Luis Vives, S.A., Saragoça,1947, tomo III, pp. 453 e ss.

The Catholic Encyclopedia, Volume VI, Copyright © 1911 by Robert Appleton Company, Online Edition, Copyright © 2003 by Kevin Knight

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Acabou a palhaçada

Com algum atraso, noto que o affair WordPress Brasil acabou bem. Não haverá bloqueio tão cedo. Embora a plataforma mantenha seus defeitos e continue com as mesmas complicações de sempre, estou esboçando uma volta após saber disso.

No blogspot, adicionei alguns artigos de José Ferrater Mora, com ênfase numa exposição sistemática da filosofia dos Padres. Em matéria de WordPress X Blogger, cada vez mais me inclino a fazer como Platão: entre duas alternativas, escolher ambas.

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A Igreja

Fonte

Artigo sobre Santo Inácio de Antioquia

La  Iglesia

-Es una institución divina cuyo fin es la salvación de las almas; quienes se separan de ella se separan de Dios. (San Ignacio de Antioquía, a los de Filadelfia., c. iii)

-Debe permanecer en unidad.

La unidad es expresión del amor. (Trall., c. vi; Filad., c. iii; Magn., c. xiii)

-Es Santa. (Esmirna, Efes., Magn., Trall., Rom.);

-Es Católica.
Fue San Ignacio quien por primera vez se refirió a la Iglesia como “Iglesia Católica” (Universal), incluyendo en ella a todos los que son fieles a la verdad. (Esmirna., c. viii)

“Por doquier aparezca el obispo, ahí esté el pueblo; lo mismo que donde quiera que Jesucristo está también está la Iglesia Católica”

Es Infalible. (Fila., c. iii; Efes., cc. xvi, xvii)

Tiene jerarquía a la que debemos estar unidos en obediencia.
San Ignacio, como San Juán, puso mucha atención en la relación entre el Padre y el Hijo. El Hijo siempre sujeto por amor a la voluntad del Padre, uno con Él por naturaleza. San Ignacio deduce que debemos imitar a Cristo en su obediencia filial, obedeciendo a los obispos de la Iglesia (lntrod. a Fila.; Efes., c. vi); . Sus cartas enseñan que debe haber en la Iglesia disciplina, unidad y sujeción a la jerarquía.

Por esto debéis estar acordes con el sentir de vuestro obispo, como ya lo hacéis. Y en cuanto a vuestro colegio presbiteral, digno de Dios y del nombre que lleva, está armonizado con vuestro obispo como las cuerdas de una lira. Este vuestro acuerdo y concordia en el amor es como un himno a Jesucristo. Procurad todos vosotros formar parte de este coro, de modo que, por vuestra unión y concordia en el amor, seáis como una melodía que se eleva a una sola voz por Jesucristo al Padre, para que os escuche y os reconozca, por vuestras buenas obras, como miembros de su Hijo. Os conviene, por tanto, manteneros en una unidad perfecta, para que seáis siempre partícipes de Dios.  (De la Carta a los Efesios)

Sus palabras recuerdan a las de San Pablo, en Efesios, 4: “Con empeño por guardar la unidad de espíritu en el vínculo de la paz: un solo cuerpo y un solo Espíritu, a la manera que fuisteis llamados en una sola esperanza de vuestra vocación. Un solo Señor, una sola fe, un solo bautismo. Un solo Dios y Padre de todos, que está sobre todos y obra por todos y mora en todos.”

-Los tres niveles del sacramento del orden: el episcopado siendo superior, el presbiterio (sacerdotes) y por último el diaconado (Magn., c. vi).

La primacía del obispo de Roma: El mismo San Ignacio que alrededor del año 107 AD llamó a la Iglesia “Católica” y nos enseña que tiene obispos con autoridad, nos enseña también que la Iglesia tiene quien la presida:

“…la que reside en el territorio de los romanos… la que preside en la unión del amor…”  (Rom., introd.)

Su firme enseñanza sobre la obediencia a los obispos es aun mas admirable cuando el mismo, siendo obispo, fue siempre muy humilde.

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Prefiro agora a Fé Católica

Santo Agostinho, Confissões- VII

Desde então comecei a preferir a doutrina católica, porque agora compreendia: era mais modesto e sincero prescrever a fé em algo que não podia ser demonstrado, tanto por incapacidade da maioria dos homens, como simplesmente por absoluta impossibilidade, do que zombar da fé, prometendo temerariamente uma ciência, para afinal impor a crença numa grande quantidade de fábulas absurdas, incapazes de demonstração. E enquanto tua mão suave e misericordiosa plasmava e formava pouco a pouco o meu coração, eu refletia na infinidade de fatos em que acreditava, sem tê-los visto ou deles ter sido testemunha. Assim, os muitos episódios da história da humanidade, a existência de lugares e cidades nunca visitados, conhecimentos recebidos de amigos, de médicos e de tantos outros em quem temos de acreditar, sob pena de nada podermos realizar na vida. Enfim, como estava absolutamente seguro da identidade de meus pais, o que não poderia saber sem acreditar no que ouvia. Convenci-me então de que, longe de repreender os que acreditam em tuas Escrituras, reconhecidas com tanta autoridade em quase todos os povos, são repreensíveis aqueles que não acreditam e a quem não se deve dar ouvidos se disserem: “Como sabes que estes livros foram dados aos homens pelo espírito do único Deus, que é a verdade?” E isso se adequava tanto melhor à minha crença, quanto é certo que nenhum argumento, por mais capcioso que fosse, de tantos filósofos que discordavam entre si, cujos livros estudei, tinha podido arrancar do meu coração a fé na tua existência, apesar de ignorar o que eras e desconhecer que o governo das coisas humanas pertence a ti.

Na realidade, a esse respeito era a minha fé ora mais forte, ora mais fraca. Mas sempre acreditei que existes e que cuidas de nós, embora não soubesse que idéia devesse ter de tua natureza, ou que caminho nos levaria ou reconduziria a ti. Portanto, sendo os homens incapazes de encontrar a verdade mediante a razão pura, e tendo necessidade do apoio da Sagrada Escritura, eu já principiava a crer que não concederias tanta autoridade por toda a terra a estes Livros Sagrados se não tivesses querido que se acreditasse em ti e se buscasse a ti através deles.

E assim, eu já atribuía à profundeza dos mistérios as obscuridades que antigamente costumavam impressionar-me, pois, sobre o assunto eu já havia recebido várias explicações plausíveis. E a autoridade desses livros ainda me parecia tanto mais venerável e digna de fé absoluta, quanto era claro o seguinte: se de um lado a leitura deles estava ao alcance de todos, por outro lado reservava a dignidade de seu significado oculto a uma percepção mais profunda. A extrema clareza de linguagem e simplicidade de estilo a tornavam acessível a todos e estimulavam a perspicácia daqueles que não têm coração leviano . E recebendo em seu seio a humanidade inteira, apenas a poucos era dado chegar a ti, por estreitas passagens; estes, no entanto, são sempre mais numerosos do que o seriam se a Escritura não tivesse tanto prestígio aliado a tanta humildade, capaz de atrair multidões.

Assim eu meditava, e tu estavas a meu lado. Eu suspirava e tu me ouvias. Eu tateava e tu me guiavas. Eu andava pelos largos caminhos do mundo, e tu não me abandonavas.

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Ensaios e Escritos de Combate

No Álbum de Maria Helena Amoroso Lima

“Senhorita,

Cinco minutos atrás, eu me perguntava o que iria escrever no seu álbum, porque sou naturalmente preguiçoso. Depois, pensei de repente que essa idéia de ter um álbum era, no fundo, bem tocante, bem comovente — que era uma idéia de criança. E, como todas as idéias de criança, ela é geralmente ridicularizada. Porque o mundo não compreende nada da infância. Não digo que o mundo odeie a infância, mas ela o incomoda, e o mundo, que tolera tudo, não suporta que o incomodem.

Logo, as meninas estendem seu álbum às pessoas grandes como os pobres estendem a mão. E saem geralmente decepcionados, elas e eles, pois jamais houve verdadeiros decepcionados no universo senão os privilegiados das Beatitudes, isto é, os pobres e as crianças.

A maior parte dessas grandes pessoas às quais você estendeu a mão — cardeais, teólogos, historiadores, ensaístas, romancistas — lhe deram nem mais nem menos que uma assinatura. A assinatura é aqui o equivalente da moedinha que se dá aos pobres. Entre parênteses: se o regime totalitário triunfa, eles não terão mais sequer necessidade de escrever o nome; escreverão somente um número de matrícula, como os militares e os presidiários.

Mas você não estendeu a mão somente às pessoas grandes, você a estendeu também aos poetas. E vejo que os poetas — ó milagre! — lhe deram sem medir despesas, porque os poetas são por natureza liberais e magnifícos. Doravante não se esqueça de que este mundo horroroso não se sustém ainda senão pela doce cumplicidade — sempre combatida, sempre renascente — dos poetas e das crianças.

Seja fiel aos poetas, permaneça fiel à infância! Não se torne jamais uma pessoa grande. Há um complô das pessoas grandes contra a infância, e basta ler o Evangelho para se dar conta disso. O bom Deus disse aos cardeais, teólogos, ensaístas, historiadores, romancistas, enfim a todos: “Tornem-se semelhantes às crianças”. E os cardeais, teólogos, historiadores, ensaístas, romancistas, repetem de século em século à infância traída: “Tornem-se semelhantes a nós!”.

Quando você reler estas linhas, daqui a muitos anos, faça um pensamento e uma prece pelo velho escritor que acredita cada vez mais na impotência dos Poderosos, na ignorância dos Doutores, na papalvice dos Maquiavéis, na incurável frivolidade das pessoas sérias. Tudo o que há de belo no mundo foi feito, sem que elas soubessem, pelo misterioso acordo da humilde e ardente paciência do homem com a doce Piedade de Deus.

Coragem e boa sorte! Precisamos, todos, superar a vida. Mas a única maneira de superar a vida é amá-la. E a única maneira de amá-la é esbanjá-la sem medida. Todos os pecados capitais juntos danam menos gente do que a Avareza e o Tédio.

Outubro de 1940.

Georges Bernanos, em tradução de Olavo de Carvalho

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A Quaresma

De São Cirilo de Jerusalém

Fonte

É agora o tempo da confissão. Confessa as tuas faltas por palavras e por acções, as da noite e as do dia. Confessa-as neste “tempo favorável”, neste “dia de salvação” (Is 49,8; 2Co 6,2); recebe o tesouro celeste… Deixa o presente e crê no futuro. Percorreste tantos anos sem interromper os teus vãos trabalhos da terra e não podes parar quarenta dias para te ocupares do teu próprio fim? “Parai e sabei que eu sou Deus”, diz a Escritura (Sl 45,11). Renuncia à multidão de palavras inúteis, não maldigas, não escutes também o maledicente, mas põe-te disponível para rezar. Mostra na ascese o fervor do teu coração; purifica esse receptáculo para receber uma graça mais abundante. Porque a remissão dos pecados é dada igualmente a todos, mas a participação no Espírito Santo é concedida na medida da fé de cada um. Se te esforçares pouco, recolhes pouco; se trabalhares muito, grande será a tua recompensa. És tu mesmo que estás em jogo ; vela pelo teu interesse.
Se tens uma queixa contra alguém, perdoa-lhe. Acabas de receber o perdão das tuas faltas, impõe-se que também tu perdoes ao pecador, porque com que cara dirás ao Senhor: “Afasta de mim os meus numerosos pecados”, se tu mesmo não perdoaste ao teu companheiro as suas faltas para contigo (cf. Mt 18,23s)?

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Os seus exércitos, servidores dos seus desejos

Fonte

Os anjos descem sobre aqueles que devem ser salvos. “Os anjos subiam e desciam por cima do Filho do homem” (Jo 1,51) e “aproximaram-se dele e o serviam” (Mt 4,11). Ora os anjos descem porque Cristo desceu primeiro; receavam descer antes que o Senhor dos exércitos celestes e de todas as coisas (Col 1,16) o tivesse ordenado. Mas, quando viram o Príncipe do exército celeste habitar na terra, então, por esse caminho que tinha sido aberto, sairam atrás do seu Senhor, obedecendo à vontade daquele que os repartiu como guardas dos que acreditam no seu nome.
Ontem, tu estavas sob a dependência do demónio; hoje, estás sob a de um anjo. “Guardai-vos, diz o Senhor, de desprezar qualquer destes pequeninos” que estão na Igreja, “porque, em verdade vos digo, os seus anjos vêem constantemente a face de meu Pai que está nos céus”. Os anjos dedicam-se à tua salvação, declararam-se ao serviço do Filho de Deus e dizem entre si: “Se Ele desceu num corpo, se se revestiu de carne mortal, se suportou a cruz, se morreu por todos os homens, porque havemos de repousar, sim, porque nos havemos de poupar? Vamos, todos os anjos, desçamos do céu!” Foi por isso que, quando Cristo nasceu, havia “uma multidão do exército celeste louvando e glorificando a Deus” (Lc 2,13).

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O senhor da messe

Sermão de Santo Agostinho

Fonte

O Evangelho que acabamos de ler convida-nos a procurar saber que messe é essa acerca da qual o Senhor nos diz: “A messe é grande e os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao senhor da messe que envie trabalhadores para a sua messe.” Foi então que Ele enviou, para além dos doze discípulos a que chamou apóstolos (“enviados”), mais setenta e duas pessoas. E mandou-os a todos, como se percebe pelas suas palavras, trabalhar numa messe já pronta. Para que messe? Não era entre os pagãos, onde ninguém havia semeado, que eles iam fazer a colheita. É de supor, pois, que a colheita tivesse lugar entre os judeus; foi para aí recolher que veio o senhor da messe. Aos outros povos, envia quem semeie, e não quem recolha. A colheita faz-se, pois, entre os judeus; entre os outros, semeia-se. E foi nitidamente recolhendo entre os judeus que Ele escolheu os apóstolos; era o tempo da colheita, as espigas estavam maduras, porque os profetas tinham semeado entre eles. […]

O Senhor declarou aos seus discípulos: “Não dizeis que dentro de quatro meses chegará o tempo da ceifa? Pois bem, Eu digo-vos: erguei os olhos e vede; os campos estão brancos para a ceifa” (Jo 4, 35). E disse-lhes também: “Outros trabalharam e vós aproveitais-vos do seu trabalho” (38). Abraão, Isaac, Jacob, Moisés e os profetas trabalharam; sofreram para semear o grão de trigo. Na sua vinda, o Senhor encontrou as espigas maduras e enviou quem as colhesse com a foice do Evangelho.

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Seguir a Cristo pelo caminho certo

De Santo Atanásio

Fonte

Um dia, os monges vieram ter com Antão e pediram-lhe que lhes dirigisse a palavra. Ele respondeu-lhes: Eis que começámos a avançar pela estrada da virtude; continuemos agora em frente, a fim de atingirmos a meta (Fil 3, 14). Que ninguém olhe para trás como a mulher de Lot (Gn 19, 26), porque o Senhor disse: “Quem mete a mão ao arado e olha para trás não é apto para o Reino dos Céus.” Olhar para trás mais não é do que alterar o próprio objectivo e retomar o gosto pelas coisas deste mundo. Nada receeis quando ouvirdes falar da virtude, nem vos espanteis com esta palavra. Porque a virtude não está longe de nós, nem nasce fora de nós; é coisa que nos diz respeito, e é simples, desde que o queiramos.

Os pagãos deixam o seu país e atravessam os mares para irem estudar letras. Nós não temos necessidade de abandonar o nosso país para ir para o Reino dos Céus, nem de atravessar o mar para adquirir a virtude. Porque o Senhor disse: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17, 21). A virtude apenas precisa, pois, do nosso querer, dado que está em nós e nasce de nós. Se a alma conserva a parte inteligente que é conforme à sua natureza, a virtude pode nascer. A alma encontra-se no seu estado natural quando permanece tal como foi feita; e foi feita muito bela e muito recta. Era por isso que Josué, filho de Nun, dizia: “Inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel” (Jos 24, 23). E João Baptista: “Endireitai as suas veredas” (Mt 3, 3). Para a alma, ser recta consiste em manter a sua inteligência tal como foi criada. Quando, pelo contrário, se desvia do seu estado natural, nessa altura fala-se do vício da alma. Não se trata, pois, de uma coisa difícil. […] Se tivéssemos de procurá-la fora de nós, seria realmente difícil; mas, visto que está em nós, evitemos os pensamentos impuros e guardemos a alma para o Senhor, como se tivéssemos recebido um depósito, a fim de que Ele reconheça a nossa obra, encontrando a nossa alma tal como a fez.

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“Quem em meu nome acolher este pequenino, é a mim que acolhe”

De Clemente de Alexandria

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«Os seus filhinhos serão levados aos ombros e consolados ao colo, vem nas Escrituras. Como à criança a quem a mãe dá consolo, também eu vos consolarei» (Is 66,12-13). A mãe chega seus filhos a si, e nós, nós procuramos nossa mãe, a Igreja. Todo o ser de pouca idade e frágil é, nessa fragilidade desprotegida, um ser gracioso, doce, encantador; Deus não recusa o seu auxílio a seres tão jovens assim. Todos os pais têm uma ternura peculiar para com seus filhos pequenos… De igual modo, o Pai de toda a criação acolhe aqueles que se refugiam junto de si, regenera-os pelo Espírito e adopta-os como filhos; conhece a sua doçura e só a eles ama, auxilia, defende; por isso lhes chama filhos (cf. Jo 13,33).

O Santo Espírito, falando pela boca de Isaías, aplica ao próprio Senhor o termo filho: «Eis que nos nasceu um menino, foi-nos dado um filho.» (Is 9,5). Quem é então esta pequena criança, este recém-nascido, à imagem de quem também nós somos crianças? Pela boca do mesmo Profeta, o Espírito descreve-nos a sua grandeza: «Conselheiro admirável, Deus poderoso, Pai eterno, Príncipe da paz» (v. 6).

Ó Deus tão grande! Ó menino perfeito! O Filho está no Pai e o Pai está no Filho. Poderia não ser perfeita a educação que nos dá este menino? Ela reúne-nos para nos guiar, a nós, os seus filhos. O menino estendeu-nos as mãos, e nelas pomos toda a nossa fé. Também João Baptista dá testemunho desta criança: «Eis o cordeiro de Deus», diz-nos (Jo 1, 29). Como as Escrituras designam as crianças por cordeiros, chamou “cordeiro de Deus” ao Verbo Deus que por nós se fez homem e que em tudo nos quis ser igual, ele, que é o Filho de Deus, o menino do Pai.

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Tal como Herodes, queremos ver a Jesus

Sermão de São João Crisóstomo

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O amor não admite não ver aquilo que ama. Não consideraram todos os santos ser pouca coisa aquilo que obtinham quando não viam a Deus? … Por isso Moisés ousa dizer: “Se alcancei graça aos teus olhos, revela-me o teu rosto” (Ex 33, 13). E diz o salmista : “Revela-nos o teu rosto” (Sl 79,4). Não era por isso que os pagãos construíam ídolos? No seio do próprio erro, eles viam com os olhos o que adoravam.

Deus sabia, pois, que os mortais se atormentavam no desejo de o ver. O que ele escolheu para se revelar era grande na terra e não era o mais pequeno nos céus. Porque o que, na terra, Deus fez semelhante a si, não podia ficar sem honra nos céus : “Façamos o ser humano à nossa imagem e semelhança, diz» (Gn 1, 26)… Que ninguém pense, pois, que Deus fez mal em vir aos homens através de um homem. Ele fez-se carne entre nós para ser visto por nós.

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Somos Seus irmãos porque Sua Mãe ouviu a palavra e a pôs em prática

De Santo Irineu de Lyon

Fonte

A Virgem Maria foi obediente quando disse: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Pelo contrário, Eva foi desobediente, tendo desobedecido quando era ainda virgem. E assim como Eva, desobedecendo, se tornou causa de morte para si mesma e para todo o género humano, assim também Maria, tendo por esposo aquele que lhe tinha sido antecipadamente destinado mas mantendo-se virgem, se tornou, pela sua obediência, causa de salvação para si mesma e para todo o género humano. […] Porque o que foi ligado só pode ser desligado quando se desfaz o nó, de tal maneira que um primeiro nó é desatado por um segundo, tendo o segundo a função de desatar o primeiro.

Era por isso que o Senhor dizia que os primeiros seriam os últimos, e os últimos os primeiros (Mt 19, 30). E também o profeta afirma a mesma coisa, ao dizer: “Em lugar dos teus pais, virão os teus filhos” (Sl 44, 17). Porque, ao tornar-Se “o Primogénito dos mortos”, ao receber no seu seio os pais antigos, o Senhor fê-los renascer para a vida em Deus, tornando-Se Ele mesmo “o princípio” (Col 1, 18), já que Adão fora o princípio dos mortos. É também por isso que Lucas começa a sua genealogia pelo Senhor, fazendo-a depois remontar até Adão (Lc 3, 23ss.), indicando assim que não foram os pais que deram a vida ao Senhor, mas foi Ele, pelo contrário, que os fez renascer no Evangelho da vida. Da mesma maneira, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria, porque aquilo que a virgem Eva tinha atado pela sua incredulidade foi desatado pela Virgem Maria pela sua fé.

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Prestai atenção à forma como escutais

Sermão atribuído a Santo Agostinho
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«Que cada um esteja sempre pronto para escutar, mas lento para falar» (Ti 1,19). Sim, irmãos, digo-vos francamente…, eu que muitas vezes vos falo a vosso pedido: a minha alegria é sem mancha quando me sento entre os ouvintes; a minha alegria é sem mancha quando escuto e não quando falo. É então que eu saboreio a palavra com toda a segurança; a minha satisfação não é ameaçada pela vanglória. Quando estamos sentados sobre a pedra sólida da verdade, como se recearia o percipício do orgulho? «Escutarei, diz o salmista, e encher-me-ás de alegria e de júbilo» (Sl 50,10). Nunca fico mais alegre do que quando escuto; é o nosso papel de ouvinte que nos mantém numa atitude de humildade.

Pelo contrário, quando tomamos a palavra… precisamos de uma certa retenção; mesmo se não cedo ao orgulho, tenho medo de o fazer. Mas, se escuto, ninguém pode roubar a minha alegria (Jo 16,22) porque ninguém é testemunha dela. É verdadeiramente a alegria do amigo do esposo de quem S. João diz que «fica de pé e escuta» (Jo 3,29). Fica de pé porque escuta. O primeiro homem, também, quando escutava Deus, ficava de pé; quando escutou a serpente, caíu. O amigo de esposo fica, pois, «transbordante de alegria à voz do Esposo»; o que faz a sua alegria não é a sua voz de pregador ou de profeta, mas a voz do próprio Esposo.

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Tendes um só Mestre, o Cristo

Comentário feito por: Santo Ambrósio

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Disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens.
Mandou-o chamar e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.’
O administrador disse, então, para consigo: ‘Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha.
Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.’
E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’ Ele respondeu:
Cem talhas de azeite.’ Retorquiu-lhe: ‘Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.’
Perguntou, depois, ao outro: ‘E tu quanto deves?’ Este respondeu: ‘Cem medidas de trigo.’ Retorquiu-lhe também: ‘Toma o teu recibo e escreve oitenta.’
O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
«E Eu digo-vos: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas.
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito.
Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem?
E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»

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Admiração

Caríssimos,

Na lista de links que ladeia o Blog, vocês encontrarão católicos tradicionais, católicos pós-conciliares, ortodoxos, protestantes históricos. Um link para o Veritais Splendor e outro para a Associação Cultural Montfort, sites que há muito se enfrentam e estão repletos de divergências. Há monárquicos e republicanos, aristocratas e defensores da democracia. Entretanto, não posso deixar de registrar que uma imensa falta se assinala nessa lista. E quanto eu devo a este que não referencio!

Luiz de Carvalho já foi confundido algumas vezes com o Prof. Luiz Gonzaga de Carvalho, por quem também tenho a maior estima. Ao contrário desse último, hoje na Inglaterra, Luiz não saiu do Brasil. Para a felicidade dos seus leitores, porém, o Brasil saiu dele. Sua pequena bitácora na blogosfera mantém uma luminosa galeria de gênios e grandes almas, magníficas criações do espírito humano vertidas para um Português elevado, e a solenidade reverente que tanto falta a nosso provincianismo tropical. Se eu tivesse aprendido com esse tradutor apenas as belezas suaves e a claridade de nossa língua de matriz latina, já teria razão suficiente para considerar seus escritos um presente de Deus.

Ocorre que o Traduções Gratuitas não é apenas constituído de erudição e alta cultura, mas tem seu centro num propósito nitidamente espiritual. Ali é possível compreender o Catolicismo e tomar contato com vértices da Filosofia e Teologia cristãs, e chegar mais próximo da verdade do que jamais sonhariam nossos acadêmicos e palpiteiros. Lembro da alegria radiante que tinha ao explorar os arquivos desse Blog encontrado por mim através d’O Indivíduo, do desejo de estudar São Tomás de Aquino, Leibniz e Luiz Lavelle despertado pelas traduções. E também da paz trazida a minha alma ao descobrir o Permanência, descoberta pela qual jamais teria como agradecer inteiramente ao Luiz. Minha modesta contribuição para a divulgação de seu Blog foi a recomendação dele à Association Louis Lavelle. É o mínimo que poderia fazer.

Ao final desse post de estilo capenga, escrito com admiração, só posso pedir aos leitores do Mercabá que prossigam até o Traduções Gratuitas. E leiam tudo.

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Atenção!

Se você acha que a Filosofia Cristã foi superada; que a Igreja é arcaica e precisa progredir; que o Cristianismo é irracional; que os Cristãos são incapazes de responder a críticas; que a Teologia moderna é superior à antiga, retrógrada; que a Patrística pertence a um contexto histórico incompatível com a modernidade; que a Igreja sempre controlou consciências;... Suma desse site. Vá ler o Código da Vinci, e faça bom proveito.

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