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Obras da Patrística

Dies Irae

Dies irae, dies illa
solvet saeclum in favilla:
teste David cum Sibylla.

Quantus tremor est futurus,
quando judex est venturus,
cuncta stricte discussurus!

Tuba mirum spargens sonum
per sepulcra regionum,
coget omnes ante thronum.

Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.

Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.

Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet apparebit:
nil inultum remanebit.

Quid sum miser tunc dicturus?
Quem patronum rogaturus,
cum vix justus sit securus?

Rex tremendae majestatis,
qui salvandos salvas gratis,
salva me fons pietatis.

Recordare, Jesu pie,
quod sum causa tuae viae:
ne me perdas illa die.

Quaerens me, sedisti lassus:
redemisti Crucem passus:
tantus labor non sit cassus.

Juste judex ultionis,
donum fac remissionis
ante diem rationis.

Ingemisco, tamquam reus:
culpa rubet vultus meus:
supplicanti parce, Deus.

Qui Mariam absolvisti,
et latronem exaudisti,
mihi quoque spem dedisti.

Preces meae non sunt dignae:
sed tu bonus fac benigne,
ne perenni cremer igne.

Inter oves locum praesta,
et ab haedis me sequestra,
statuens in parte dextra.

Confutatis maledictis,
flammis acribus addictis:
voca me cum benedictis.

Oro supplex et acclinis,
cor contritum quasi cinis:
gere curam mei finis.

Lacrimosa dies illa,
qua resurget ex favilla
judicandus homo reus.

Huic ergo parce, Deus:
pie Jesu Domine,
dona eis requiem. Amen.

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Exsultet

Inglês

Latim

Exultet iam angelica turba caelorum:
exultent divina mysteria:
et pro tanti Regis victoria tuba insonet salutaris.

Gaudeat et tellus tantis irradiata fulgoribus:
et, aeterni Regis splendore illustrata,
totius orbis se sentiat amisisse caliginem.

Laetetur et mater Ecclesia,
tanti luminis adornata fulgoribus:
et magnis populorum vocibus haec aula resultet.

Quapropter astantes vos, fratres carissimi,
ad tam miram huius sancti luminis claritatem,
una mecum, quaeso,
Dei omnipotentis misericordiam invocate.
Ut, qui me non meis meritis
intra Levitarum numerum dignatus est aggregare,
luminis sui claritatem infundens,
cerei huius laudem implere perficiat.

Vers.
Dominus vobiscum.
Resp.
Et cum spiritu tuo.
Vers. Sursum corda.
Resp. Habemus ad Dominum.
Vers. Gratias agamus Domino Deo nostro.
Resp. Dignum et iustum est.

Vere dignum et iustum est,
invisibilem Deum Patrem omnipotentem
Filiumque eius unigenitum,
Dominum nostrum Iesum Christum,
toto cordis ac mentis affectu et vocis ministerio personare.

Qui pro nobis aeterno Patri Adae debitum solvit,
et veteris piaculi cautionem pio cruore detersit.

Haec sunt enim festa paschalia,
in quibus verus ille Agnus occiditur,
cuius sanguine postes fidelium consecrantur.

Haec nox est,
in qua primum patres nostros, filios Israel
eductos de Aegypto,
Mare Rubrum sicco vestigio transire fecisti.

Haec igitur nox est,
quae peccatorum tenebras columnae illuminatione purgavit.

Haec nox est,
quae hodie per universum mundum in Christo credentes,
a vitiis saeculi et caligine peccatorum segregatos,
reddit gratiae, sociat sanctitati.

Haec nox est,
in qua, destructis vinculis mortis,
Christus ab inferis victor ascendit.

Nihil enim nobis nasci profuit,
nisi redimi profuisset.
O mira circa nos tuae pietatis dignatio!
O inaestimabilis dilectio caritatis:
ut servum redimeres, Filium tradidisti!

O certe necessarium Adae peccatum,
quod Christi morte deletum est!
O felix culpa,
quae talem ac tantum meruit habere Redemptorem!

O vere beata nox,
quae sola meruit scire tempus et horam,
in qua Christus ab inferis resurrexit!

Haec nox est, de qua scriptum est:
Et nox sicut dies illuminabitur:
et nox illuminatio mea in deliciis meis.

Huius igitur sanctificatio noctis fugat scelera, culpas lavat:
et reddit innocentiam lapsis
et maestis laetitiam.
Fugat odia, concordiam parat
et curvat imperia.

O vere beata nox,
in qua terrenis caelestia, humanis divina iunguntur!¹

In huius igitur noctis gratia, suscipe, sancte Pater,
laudis huius sacrificium vespertinum,
quod tibi in hac cerei oblatione sollemni,
per ministrorum manus
de operibus apum, sacrosancta reddit Ecclesia.

Sed iam columnae huius praeconia novimus,
quam in honorem Dei rutilans ignis accendit.
Qui, licet sit divisus in partes,
mutuati tamen luminis detrimenta non novit.

Alitur enim liquantibus ceris,
quas in substantiam pretiosae huius lampadis
apis mater eduxit.²

Oramus ergo te, Domine,
ut cereus iste in honorem tui nominis consecratus,
ad noctis huius caliginem destruendam,
indeficiens perseveret.
Et in odorem suavitatis acceptus,
supernis luminaribus misceatur.

Flammas eius lucifer matutinus inveniat:
Ille, inquam, lucifer, qui nescit occasum:
Christus Filius tuus,
qui, regressus ab inferis, humano generi serenus illuxit,
et vivit et regnat in saecula saeculorum.

Resp. Amen.

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Dia da Ressureição

De São Gregório Nazianzeno

Dia da Ressurreição: um solene princípio!
Acendamos a nossa luz neste dia de festa!
Abracemo-nos uns aos outros!
Voltemo-nos, ó irmãos, mesmo para aqueles que nos odeiam,
não somente a quem, por amor, tenha feito ou sofrido alguma coisa por nós!
Relevemos tudo, por causa da Ressurreição
E perdoemo-nos uns aos outros!
Ontem, eu fui crucificado com Cristo,
Hoje, sou glorificado juntamente com ele!
Ontem, eu morri com ele;
hoje fomos nós dois vivificados!
Ontem eu fui sepultado juntamente com Cristo;
hoje, eu e ele ressurgimos!

Tragamos, portanto, ofertas Àquele que padeceu e ressuscitou por nós!
Pensais vós, talvez, que eu esteja me referindo a ouro ou prata
ou tecidos e pedras reluzentes e preciosas…
Matéria corruptível que provém da terra
e sobre a terra é destinada a permanecer,
além do mais em propriedade de gente malvada
e escrava do mundo e do seu príncipe…

Eu digo, ao invés, que devemos oferecer a Deus totalmente a nós mesmos:
Esta é a oferta que lhe agrada e que convém!
Procuremos ser como Cristo,
já que também Cristo tornou-se um de nós;
Procuremos nos tornar divinos por meio dele,
já que ele mesmo, por nós, tornou-se homem!
Ele tomou o pior sobre si para nos conceder o melhor:
Fez-se pobre para que nós, graças à sua pobreza, nos tornássemos ricos;
Assumiu o aspecto de servo, para que obtivéssemos a liberdade;
Desceu ao mais baixo, para que nós fôssemos elevados ao mais alto;
Sofreu a tentação, para que nós conseguíssemos vencê-la!
Deixou-se desprezar, para nos dar a glória;
Morreu, para trazer-nos a salvação;
Subiu ao céu, para atrair a si aqueles que jazem na terra,
depois de terem caído por causa do pecado.
Cada um, portanto, doe tudo, ofereça tudo em sacrifício
Àquele que nos deu a si mesmo para a nossa redenção!
O maior dom que podemos oferecer-lhe será exatamente
aquele de nos doar-lhe totalmente a nós mesmos,
depois de termos compreendido o significado de tal Mistério
e de nos ter dado conta que tudo ele realizou por nós!

(Fonte)

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CRUCEM TUAM ADORAMUS

Crucem tuam adoramus, Domine:
sanctam ressurrectionem tuam
laudamus et glorificamus:
ecce enim propter lignum
venit gaudium in universo mundo.

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Hino Akathistos

Fonte

I ESTAÇÃO: «O Anúncio do Anjo Gabriel»

1. O mais sublime dos anjos
foi enviado dos céus
para dizer «Ave» à Mãe de Deus.
Vendo-te, Senhor, feito homem
à sua angélica saudação,
deteve-se extasiado diante da Virgem,
aclamando-a assim:

Ave, por ti resplandece a alegria!
Ave, por ti a maldição toda cessa!
Ave, reergues o Adão decaído!
Ave, tu estancas as lágrimas de Eva!

Ave, mistério que excede o intelecto humano!
Ave, insondável abismo aos olhares dos anjos!
Ave, porque és o trono do Rei soberano!
Ave, porque tu governas quem tudo governa!

Ave, ó estrela que o sol anuncias!
Ave, em teu seio é que Deus se fez carne!
Ave, por quem a criação se renova!
Ave, o Criador fez-se em ti criancinha!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona I:

2. Sabendo Maria de ser a Deus consagrada,
assim a Gabriel dizia:
«A tua mensagem é misteriosa aos meus ouvidos
e incompreensível ressoa à minha alma.
De uma Virgem um parto tu anuncias»,
exclamando: Aleluia!

«Maria e o Anúncio do Anjo»

3. Desejava a Virgem entender o mistério,
e ao divino mensageiro pergunta:
«Poderá uma virgem dar à luz um menino?
– Dize-me!».
Com reverência, o Anjo respondia,
cantando assim:

Ave, mistério, vontade inefável!
Ave, ó fé maturada em silêncio!
Ave, prelúdio dos faustos de Cristo!
Ave, sumário do santo Evangelho!

Ave, ó escada sublime por quem Deus nos veio!
Ave, ó ponte que os homens ao céu encaminha!
Ave, dos anjos tu és maravilha gloriosa!
Ave, do inferno derrota total contundente!

Ave, que a Luz por mistério geraste!
Ave, que o «modo» a ninguém ensinaste!
Ave, transcendes a ciência dos sábios!
Ave, iluminas a todos os crentes!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona II:

4. A virtude do Altíssimo
a cobriu com sua sombra
e tornou Mãe a Virgem sem núpcias.
O seio por Deus fecundado
tornou-se campo abundante
para todos aqueles que buscam a salvação
e assim aclamam: Aleluia!

«Visita de Maria a sua Prima Santa Isabel»

5. Tendo em seu seio o Senhor,
solícita, Maria visitava sua prima Isabel.
O menino no ventre materno,
ouvindo a saudação, exultou,
e, saltando de alegria,
à Mãe de Deus aclamava:

Ave, ó ramo de planta incorrupta!
Ave, do fruto imortal, colheita!
Ave, cultora do Mestre dos homens!
Ave, ó Mãe de quem deu-nos a vida!

Ave, ó campo veraz que produz muitos frutos!
Ave, ó mesa bem farta de perdões abundantes!
Ave, tu fazes florir as planícies celestes!
Ave, a nós todos preparas um porto seguro!

Ave, ó incenso das preces aceitas!
Ave, purificação do universo!
Ave, bondade de Deus pelos homens!
Ave, ante Deus, dos mortais és audácia!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona III:

6. Com o coração tumultuando e cheio de dúvidas,
o prudente José se debatia.
Sabe que és Virgem intacta
e suspeita secretos esponsais.
Conhecendo-te Mãe pela ação do Espírito Santo,
exclama: Aleluia!

II ESTAÇÃO: «O Anúncio Alegre aos Pastores»

7. Os pastores ouviram os coros dos anjos
que cantavam ao Senhor feito homem.
Correndo, vão ver o Pastor.
Contemplam o Cordeiro inocente
alimentando-se do seio materno
e à Virgem entoam um canto:

Ave, ó mãe do Pastor e Cordeiro!
Ave, és aprisco da Mística Ovelha!
Ave, preservas do oculto inimigo!
Ave, ó chave das portas celestes!

Ave, por ti congratula-se o céu com a terra!
Ave, por ti, terra e céu, em uníssono cantam!
Ave, do apóstolo, boca jamais silenciosa!
Ave, invencível coragem dos mártires todos!

Ave, da fé inabalável baluarte!
Ave, da graça, fulgente estandarte!
Ave, por ti foi o inferno espoliado!
Ave, nos tens revestido de glória!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona IV

8.Observando a estrela que a Deus os guiava,
os magos seguiram seu fulgor.
Era lâmpada segura em seu caminho,
que os conduziu ao Rei poderoso.
Chegados ao Deus inatingível,
o aclamam felizes: Aleluia!

«A Adoração dos Magos»

9. Contemplaram os magos, no colo materno,
aquele que plasmou o homem em suas mãos.
Compreenderam ser ele o seu Senhor,
escondido sob o aspecto de servo.
Solícitos, oferecem-lhe seus dons
e à Mãe aclamam:

Ave, que a estrela perene geraste!
Ave, és aurora do místico dia!
Ave, que a forja do engano extinguistes!
Ave, o mistério de Deus iluminas!

Ave, o tirano inimigo dos homens destronas!
Ave, que o Cristo, mostraste Senhor nosso amigo!
Ave, resgatas do culto selvagem aos deuses!
Ave, teus filhos libertas do ataque do mal!

Ave, que o culto do fogo extinguistes!
Ave, que aplacas o fogo dos vícios!
Ave, que educas o crente a ser casto!
Ave, alegria de todos os povos!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona V

10. Mensageiros de Deus
tornaram-se os magos
de volta para suas terras.
Cumpriu-se o antigo oráculo
quando a todos falavam de Cristo,
sem pensar no estulto Herodes,
incapaz de cantar: Aleluia!

«Fuga para o Egito»

11. O Egito tu iluminas
com o resplendor da verdade,
afugentando as trevas do erro.
À tua passagem os ídolos caíam
não podendo te suportar, Senhor.
E os homens, libertados do engano,
à Virgem aclamam:

Ave, reergues o gênero humano!
Ave, ruína total dos demônios!
Ave, esmagaste a potência enganosa!
Ave, que o logro dos ídolos mostras!

Ave, ó mar que afogou o faraó demoníaco!
Ave, rochedo a saciar os sedentos de vida!
Ave, coluna de fogo a guiar os errantes!
Ave, és abrigo do mundo, mais amplo que as nuvens!

Ave, o maná verdadeiro nos deste!
Ave, nos serves delícias sagradas!
Ave, ó terra por Deus prometida!
Ave, ó fonte do mel e do leite!

Ave, Virgem e esposa!

Antífona VI

12. Simeão, o velho,
já no fim dos seus dias,
estava para deixar a sombra deste mundo.
A ele foste apresentado como menino,
mas, vendo-te qual Deus poderoso,
admirou o arcano desígnio e exclamava: Aleluia!

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Feliz Natal

Puer Natus Est

1. Puer nátus in Béthlehem, allelúia:
Unde gáudet Jerúsalem, allelúia, allelúia.

2. Assúmpsit cárnem Filius, allelúia,
Déi Pátris altíssimus, allelúia, allelúia.

3. Per Gabriélem núntium, allelúia,
Virgo concépit Filium, allelúia, allelúia.

4. Tamquam spónsus de thálamo, allelúia,
Procéssit Mátris útero, allelúia, allelúia.

5. Hic jácet in praesépio, allelúia,
Qui régnat sine término, allelúia, allelúia.

6. Et Angelus pastóribuis, allelúia,
Revélat quod sit Dóminus, allelúia, allelúia.

7. Réges de Sába véniunt, allelúia,
Aurum, thus, myrrham ófferunt, allelúia, allelúia.

8. Intrántes dómum invicem, allelúia,
Nóvum salútant Principem, allelúia, allelúia.

9. De Mátre nátus Virgine, allelúia,
Qui lúmen est de lúmine, allelúia, allelúia.

10. Sine serpéntis vúlnere, allelúia,
De nóstro vénit sánguine, allelúia, allelúia.

11. In carne nóbis símilis, allelúia,
Peccáto sed dissímilis, allelúia, allelúia.

12. Ut réderet nos hómines, allelúia,
Déo et síbi símiles, allelúia, allelúia.

13. In hoc natáli gáudio, allelúia,
Benedicámus Dómino, allelúia, allelúia.

14. Laudétur sáncta Trínitas, allelúia,
Déo dicámus grátias, allelúia, allelúia.

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Sanctus

SANCTUS, Sanctus, Sanctus,

Dominus Deus Sabaoth.

Pleni sunt caeli et terra gloria tua.

Hosanna in excelsis.

Benedictus qui venit in nomine Domini.

Hosanna in excelsis.

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Hino de Santo Efrém

Fonte

Jesus, tu foste enviado a uma festa
de núpcias de outrem, dos esposos de Caná;
aqui, ao contrário, é a tua festa, pura e bela:
alegra os nossos dias, porque também
os teus hóspedes, Senhor, precisam
dos teus cânticos: deixa que a tua harpa
preencha tudo! A alma é a tua esposa
o corpo é o teu quarto nupcial,
os teus convidados são os sentidos
e os pensamentos. E se um só corpo é para ti
uma festa de núpcias, toda a Igreja
constitui o teu banquete nupcial!

(Inni sulla fede, 14, 4-5: op. cit., pág. 27)

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Hino Akathistos

Fonte

O Hino Akathistos (que literalmente significa “ficando de pé” porque é cantado nessa posição) é o hino mariano mais famoso do Oriente cristão e possivelmente da Igreja inteira. Composto em grego, no final do século V, é de autor desconhecido. Sua paternidade foi atribuída a diversos personagens, mas não há nenhuma prova concludente e talvez seja melhor assim. Como diz um comentarista moderno, “é bom que o Hino seja anônimo. Assim ele é de todos, porque é da Igreja.” Efetivamente, desde o princípio do século VI a Igreja Bizantina o incluiu em sua liturgia como a mais alta expressão do culto à Santíssima Virgem e o canta em muitas ocasiões, de modo especialmente solene no sábado da quinta semana da Quaresma.

A estrutura métrica do texto original é de uma perfeição completa, difícil de verter para outras línguas. As vinte e quatro estrofes que o compõem (umas mais longas, outras mais breves, alternadamente) se distribuem por igual em duas partes: uma evangélica e uma dogmática. A primeira parte retrata a narração evangélica em uma série de quadros, que vão desde a Anunciação ao encontro de Maria com o ancião Simeão no Templo de Jerusalém. A segunda parte expõe os principais artigos de fé mariana da Igreja: perpétua virgindade, maternidade divina, mediação de graça desde o Céu.

O Hino Akathistos é comum a todos os cristãos de rito bizantino, sejam católicos ou ortodoxos. Constitui, pois, uma ponte importante e solene entre a Igreja do Oriente a a do Ocidente.

LOARTE

Hino Akathistos

O mais excelso dos anjos foi enviado do Céu para dizer ‘Ave’ à Mãe de Deus. Ao transmitir sua saudação incorpórea, vendo o Senhor fazendo-se homem nela, o anjo, extasiado, deste modo a aclamou:

Ave, por vós resplandecem os gozos,
Ave, por vós se dissolve a dor,
Ave, resgate do pranto de Eva,
Ave, saúde do Adão que caiu

Ave, sois o cimo sublime do intelecto humano,
Ave, sois o abismo insondável ao olhar de um anjo
Ave, levais Aquele que a tudo sustém
Ave, sois a sede do Trono Real

Ave, ó estrela que ao Astro precede,
Ave, morada do Deus que se encarna,
Ave, por vós se renova o criado,
Ave, por vós se faz menino o Senhor!

Ave, Virgem e Esposa!

Bem sabia Maria que era uma Virgem Santa, e por isso respondeu a Gabriel: “Vossa singular mensagem se afigura incompreensível a meu intelecto, pois anunciais um parto virginal em meu seio, exclamando: Aleluia!”

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Ansiava a Virgem compreender o mistério, e perguntava ao Mensageiro divino: “Poderá meu seio virginal dar à luz um filho? Dizei-me!” E aquele, reverente, a respondeu aclamando-a:

Ave, presságio de excelsos desígnios,
Ave, sois a prova de arcano mistério,
Ave, prodígio primeiro de Cristo
Ave, compêndio de toda a verdade.

Ave, ó Escada celeste em que desce o Eterno
Ave, ó Ponte que leva os homens ao Céu,
Ave, prodígio
cantado por coros celestes
Ave, ó açoite que afugenta a horda infernal.

Ave, portastes a Luz inefável
Ave, não contastes a ninguém o ‘modo’
Ave, transcendeis a Ciência dos sábios,
Ave, vós incendiais o coração fiel

Ave, Virgem e Esposa!

A Virtude do Altíssimo a cobriu com sua sombra e fez mãe à Virgem que não conhecia varão: aquele seio, feito fecundo desde o Alto, se converteu em campo ubérrimo para todos os que querem alcançar a Salvação, cantando desta maneira: Aleluia!

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Com o Senhor em seu seio, apressada, Maria subiu à montanha e conversou com Isabel. O pequeno João, no ventre de sua mãe, ouviu a saudação virginal e exultou; saltando de alegria, cantava à Mãe de Deus:

Ave, videira do mais Santo Broto,
Ave, ramo de um Fruto sem mancha
Ave, dais vida ao Autor da vida
Ave, cultivais o Vosso Agricultor.

Ave, sois o campo que mostra as mais ricas graças,
Ave, sois altar em que se oferecem os melhores dons,
Ave, um refúgio aos fiéis preparais,
Ave, um pasto agradável fazeis brotar.

Ave, sois o incenso agradável de súplicas
Ave, do mundo suave perdão,
Ave, clemência de Deus pelo homem,
Ave, confiança do homem em Deus.

Ave, Virgem e Esposa!

Com o coração turbado e pensamentos discordantes, o sábio José se agitava na dúvida; admirando-vos intacta, suspeita esponsais secretos, ó Imaculada! E quando soube que éreis Mãe por obra do Espírito Santo, exclamou: Aleluia!

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Os pastores ouviram os coros de anjos que cantavam a Cristo, descendo entre nós. Correndo para ver o Pastor, contemplaram-No como Cordeiro inocente, que se nutre ao seio da Virgem, e cantam assim:

Ave, sois a Mãe do Pastor-Cordeiro,
Ave, recinto do rebanho fiel,
Ave, defesa das feras malignas,
Ave, guardiã da Eternidade

Ave, por vós com a terra exultam os céus
Ave, por vós com os céus rejubila-se a terra,
Ave, sois perene voz dos Santos Apóstolos,
Ave, de Mártires fortes invicto valor.

Ave, potente sustento de Fé,
Ave, de graça esplêndido pendão,
Ave, por vós foi espoliado o Inferno,
Ave, por vós nos vestimos de honra.

Ave, Virgem e Esposa!

Observando a Estrela que guiava ao Eterno, os Magos seguiram seu fulgor. Foi luminária segura para ir em busca do Poderoso, o Senhor. E alcançando o Deus inalcançável, aclamaram-No felizes: Aleluia!

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Os Magos contemplaram em braços maternos Aquele que fez o homem. Sabendo que era o Senhor, ainda que sob a aparência de servo, carinhosamente ofereceram-No seus presentes, dizendo á Mãe bem-aventurada:

Ave, ó Mãe do Astro perene,
Ave, aurora do místico dia,
Ave, os fornos de erros apagais,
Ave, conduzis com vosso brilho a Deus.

Ave, ao odioso tirano afastastes do trono,
Ave, vós Cristo nos dais, clemente Senhor,
Ave, sois o resgate de ritos nefandos,
Ave, sois quem salva do opressor

Ave, destruístes o culto ao fogo,
Ave, extinguis a chama do vício,
Ave, ensinais a ciência ao crente,
Ave, alegria de todas as gentes

Ave, Virgem e Esposa!

Anunciando a Deus foram os Magos, no caminho de volta. Cumpriram Vosso vaticínio e Vos predicavam, ó Cristo, a todos, sem se preocupar com Herodes, o néscio, que era incapaz de cantar: Aleluia!

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

Iluminando o Egito com o Esplendor da Verdade, Vós afastastes as trevas do erro, porque os ídolos de então, Senhor, debilitados pela força divina, caíram. E os homens, salvos, aclamaram à Mãe de Deus;

Ave, vós reergueis o gênero humano
Ave, derrota do reino infernal,
Ave, venceis mentiras e erros,
Ave, mostrais a grande falsidade.

Ave, sois o mar que devora o Faraó,
Ave, sois a rocha de que brota a Água da Vida,
Ave, coluna de fogo que guias à noite,
Ave, refúgio do mundo qual nuvem sem par

Ave, vós doais o maná celeste
Ave, ama dos santos júbilos,
Ave, vosso místico lar prometido,
Ave, de leite e de mel manancial.

Ave, Virgem e Esposa!

O velho e inspirado Simeão estava a ponto de deixar este mundo enganoso. Foste dado a ele como uma criancinha, mas em Vós ele reconheceu o perfeito Senhor; e, estupefato, admirando a divina Sabedoria, exclamou: Aleluia!

Aleluia, Aleluia, Aleluia!

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Ó Mãe Admirável


Santo Efrém, chamado de ‘Cítara do Espírito Santo’, compôs hinos magníficos. Aqui menciono um, à Virgem Maria:

Madre admirable
(Himno a la Virgen María)

M/ALABANZAS/EFREN: La Virgen me invita a cantar el misterio que yo contemplo con admiración. Hijo de Dios, dame tu don admirable, haz que temple mi lira, y que consiga detallar la imagen completamente bella de la Madre bien amada.

La Virgen María da al mundo a su Hijo quedando virgen, amamanta al que alimenta a las naciones, y en su casto regazo sostiene al que mantiene el universo. Ella es Virgen y es Madre, ¿qué no es?

Santa de cuerpo, completamente hermosa de alma, pura de espíritu, sincera de inteligencia, perfecta de sentimientos, casta, fiel, pura de corazón, leal, posee todas las virtudes.

Que en María se alegre toda la estirpe de las vírgenes, pues una de entre ellas ha alumbrado al que sostiene toda la creación, al que ha liberado al género humano que gemía en la esclavitud.

Que en María se alegre el anciano Adán, herido por la serpiente. María da a Adán una descendencia que le permite aplastar a la serpiente maldita, y le sana de su herida mortal.

Que los sacerdotes se alegren en la Virgen bendita. Ella ha dado al mundo el Sacerdote Eterno que es al mismo tiempo Víctima. Él ha puesto fin a los antiguos sacrificios, habiéndose hecho la Víctima que apacigua al Padre.

Que en Mana se alegren todos los profetas. En Ella se han cumplido sus visiones, se han realizado sus profecías, se han confirmado sus oráculos.

Que en María se gocen todos los patriarcas. Así como Ella ha recibido la bendición que les fue prometida, así Ella les ha hecho perfectos en su Hijo. Por Él los profetas, justos y sacerdotes, se han encontrado purificados.

En lugar del fruto amargo cogido por Eva del árbol fatal, María ha dado a los hombres un fruto lleno de dulzura. Y he aquí que el mundo entero se deleita por el fruto de María.

El árbol de la vida, oculto en medio del Paraíso, ha surgido en María y ha extendido su sombra sobre el universo, ha esparcido sus frutos, tanto sobre los pueblos más lejanos como sobre los más próximos.

María ha tejido un vestido de gloria y lo ha dado a nuestro primer padre. Él había escondido su desnudez entre los árboles, y es ahora investido de pudor, de virtud y de belleza. Al que su esposa había derribado, su Hija le alza; sostenido por Ella, se endereza como un héroe.

Eva y la serpiente habían cavado una trampa, y Adán había caído en ella; María y su real Hijo se han inclinado y le han sacado del abismo.

La vid virginal ha dado un racimo, cuyo suave jugo devuelve la alegría a los afligidos. Eva y Adán en su angustia han gustado el vino de la vida, y han hallado completo consuelo.

Filed under: Hinos

Atenção!

Se você acha que a Filosofia Cristã foi superada; que a Igreja é arcaica e precisa progredir; que o Cristianismo é irracional; que os Cristãos são incapazes de responder a críticas; que a Teologia moderna é superior à antiga, retrógrada; que a Patrística pertence a um contexto histórico incompatível com a modernidade; que a Igreja sempre controlou consciências;... Suma desse site. Vá ler o Código da Vinci, e faça bom proveito.

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